segunda-feira, 13 de agosto de 2007

10/08/2007 - SEGUNDO A TUA VONTADE

Logo de manhã, caminhando para a estação de trem, orei pedindo perdão a Deus. Às vezes, sinto que faço as coisas atropelando a própria vontade do Senhor. Pedi perdão por não consultá-lo muitas vezes. Estou me referindo ao “Só para Maiores 2”. Enfim, consegui o DJ, a data, o sítio, e tudo têm caminhado muito bem, graças a Deus. Fui sincero com o Senhor e orei mais ou menos assim: “Senhor, me perdoe. Até agora tudo tem caminhado muito bem, eu tenho entendido que o Senhor está abrindo as portas, mesmo que até agora eu não o tenha consultado diretamente. Mas eu me coloco nas tuas mãos. Se não for da tua vontade, feche as portas e me dê paz de que é o Senhor mesmo que está intervindo. Eu não quero fazer nada sem a sua aprovação”. Eu acredito que foi Deus que colocou em nossos corações o desejo de realizarmos esse evento. Eu sei que, às vezes, por não se tratar de um evento com cara de culto, acabamos nos sentindo culpados achando que isso vem de nós mesmos e que não tem nada de Deus na história. Mas Deus tem me dado certeza de que tudo o que fazemos tem o seu devido lugar no “todo”. Queremos nos confraternizar como juventude e abrir um espaço para que outros jovens, que não pertencem à nossa igreja, possam se juntar a nós. Meu incômodo, creio que gerado pelo próprio Espírito, foi não ter colocado meus joelhos no chão para pedir a direção do Senhor. De qualquer forma, me redimi, pedi perdão ao Senhor e o coloquei no lugar dele – o centro. Agora sim, vamos seguir em frente porque vai ser bom demais!



Uma outra coisa que tem me incomodado é o Alternativa Jovem. O Pr. Roberto está tentando agendar um para o mês de setembro. Eu confesso que estou relutando muito, pois não concordo. O Alternativa é bom, mas sinto ele pouco eficiente. É maravilhoso cultuar ao Senhor onde quer que estejamos, dentro da igreja ou no meio da rua, mas acho que o trabalho na rua deve ser feito em moldes totalmente diferentes dos que já fizemos até agora. E isso requer tempo de oração e preparação. Enquanto isso, sou a favor que continuemos o nosso trabalho de evangelismo, enquanto juventude, mas algo mais corpo a corpo. Podemos trabalhar nas escolas de Padre Miguel (sonho com isso!) ou até mesmo através de evangelismo pessoal no Ponto Chic num domingo à noite, por exemplo. Pense no impacto! Acho que esse tipo de trabalho é mais eficiente do que se montar uma “mini-igreja” na rua para a nossa própria igreja assistir. Não estou desmerecendo tudo o que já fizemos até hoje, mas acho que temos capacidade e maturidade para avançar. Minha opinião é que ar livre deve ser feito aliado a um trabalho de ação social. Além do mais, uma equipe de louvor, por exemplo, nunca terá o mesmo impacto na rua do que um grupo de street dance, hip-hop, pantomima! Se for pra fazer, deve-se usar esse tipo de estratégia e sempre agregando outras igrejas e ministérios vizinhos. Enfim, precisamos urgentemente de uma estrutura mais sólida. Conto muito com suas orações para que Deus nos oriente com relação ao projeto Alternativa Jovem.

Estou feliz porque continuo recebendo um retorno muito legal com relação ao Entre Jovens. Hoje, me lembrei com saudades da época em que tínhamos grupos pequenos nas sextas-feiras. Como era bom! Creio que, com as novas mudanças, nossas reuniões devem se parecer muito com esses antigos grupos. A possibilidade das pessoas falarem, a interação dos jovens entre si e a própria adoração com um simples violão vão criar um ambiente muito gostoso onde só Deus sabe o que pode acontecer! Estou com uma ansiedade boa.

No final do dia estive um pouco cansado. Não fisicamente, mas acho que emocionalmente e mentalmente. Minha mãe sempre diz que eu trabalho mais com a cabeça do que com o corpo, e é verdade. E isso cansa também. Todas essas coisas, somadas a um clima de violência no lugar onde moro, acabam me estressando. Essa situação de não poder sair de casa e só ver tragédias no jornal e na televisão, é algo que me irrita profundamente. Hoje, fui cortar o cabelo e acompanhei a conversa de alguns homens sobre a situação de violência que temos enfrentado na Zona Oeste do Rio. É triste ouvir certas histórias e ainda saber que, na opinião deles, a única solução seria “mandar bala” nos criminosos. Eu confesso que tentei entender o lado deles. Pensei comigo mesmo: “Ah, Senhor, é porque eles não conhecem o Deus que pode transformar vidas, o Deus da segunda (da terceira, da quarta...) chance!”. Mas minutos depois me bateu certa incredulidade. Pensava: “É, realmente não tem jeito. Até quando as coisas vão permanecer assim?”. Não seria muito mais fácil ir para um lugar tranqüilo, sair desse ambiente de violência, abandonar tudo e viver com uma maior qualidade de vida? Sim, talvez fosse. Mas é incrível, pois sempre que eu chego nesse ponto eu sinto uma responsabilidade e, ao mesmo tempo, uma paz enorme por estar onde eu estou. Deus precisa dos seus servos em lugares como esses para que sejam proclamadores da Palavra que liberta, que salva, que purifica, que transforma. Ainda que os tempos sejam difíceis, precisamos depender da proteção do Senhor e seguir adiante. São tantas histórias de missionários perseguidos, afrontados, ameaçados, vivendo em verdadeiros campos de batalha, lidando com a morte todos os dias. Eu creio que nós temos o remédio para a nossa cidade, para a nossa nação, e mesmo que as circunstâncias me afrontem e tentem me calar, eu não me calarei. Que você também não se esconda e não se cale jamais, querido.

Grande abraço. Sinto falta dos comentários, pois eles muito me edificam.

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