terça-feira, 29 de abril de 2008

29/04/2008 - PREPARANDO AS BASES

Quando comecei esse Blog, há alguns meses atrás, estava em uma fase intensa da minha vida, espiritualmente falando. Um tempo de profunda comunhão com a Palavra e com o Espírito Santo e que, por conseqüência disso, me fez vivenciar momentos preciosos na presença de Deus e na sua obra. O ideal é que a gente viva dessa forma constantemente, mas nem sempre é assim. O importante é dizer que voltei a essa fase, principalmente depois de voltar do Congresso de Louvor Diante do Trono. Foram momentos marcantes. Como eu falei para algumas pessoas, foi como se eu estivesse nascido de novo, uma nova conversão, um retomar na minha vida como um todo, algo que não dá pra explicar muito bem. Tudo o que aconteceu durante aqueles dias confirmaram tudo o que Deus já tem me falado há algum tempo atrás, principalmente no que diz respeito à conquista. Como nunca antes, tenho sido confrontado a ser um proclamador do evangelho e a conquista de almas é algo que pulsa constantemente em meu coração. A idéia de que eu preciso viajar pra muito longe para estar no centro da vontade de Deus é uma mentira que está caindo por terra. Definitivamente, Deus me plantou em lugares específicos e estratégicos, lugares onde Ele quer me usar como instrumento para trazer cura, libertação, salvação e restauração. Quando falo disso, falo especificamente de Padre Miguel, terra ferida que precisa conhecer o amor de Deus manifestado em Cristo Jesus.

O Entre Jovens está inteiramente ligado a esta visão. Começamos no dia 05 de abril e foi uma bênção! A sala estava linda e por pouco não deu para comportar todas as pessoas! A sala estava lotada, foram mais de 100 pessoas – o Entre Jovens mais cheio que já tivemos. A palavra foi dada pelo Pr. Gustavo Legal, da CBRio. Uma palavra difícil, confrontadora, mas essencial para nós que estamos dispostos a trilhar uma jornada de lutas e conquistas. É engraçado ver como o Espírito Santo tem despertado o seu povo na mesma direção, uma direção de evangelismo, de preocupação com a viúva, com o pobre, com o pequenino, com o necessitado. Muito louco! Visando a conquista, Deus tem me incomodado a seguir os mesmos passos que seguimos no Congresso, no início do ano. Sem intimidade, não há santidade; sem santidade, não há autoridade; sem autoridade, não há conquista. Não adianta estimularmos os jovens a serem profetas de Deus, proclamadores da Palavra, conquistadores da terra, se antes não forem trabalhadas as suas bases. Um missionário é, antes de tudo, um amigo de Deus, alguém que O ama e o serve com toda a intensidade do seu coração, alguém que fala daquilo que Deus fez na sua vida e é sustentado por um relacionamento com Ele (intimidade). Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais ficamos parecidos com Ele. Somos atraídos à sua presença, confrontados com a nossa realidade pecaminosa e estimulados a convertermos nossos maus caminhos. O caráter de Jesus Cristo é gerado em nós (santidade). Se somos parecidos com Jesus, temos a sua autoridade e o seu poder para destruir as obras do diabo. Se há autoridade, há conquista. Essa linha de raciocínio, embora simples, fez cair as escamas dos meus olhos. Quando analisamos nossa vida nessa perspectiva, podemos ver onde e por que estamos falhando. É nessa linha de raciocínio que estamos seguindo todos os sábados, em cada reunião do Entre Jovens. Estou pedindo a Deus que manifeste a sua glória no nosso meio, que nos atraia, nos prepare e imediatamente nos envie. Creio que é um novo tempo de novas e importantes conquistas no mundo terreno e, principalmente, no mundo espiritual.

Sábado passado tivemos uma reunião de oração e consagração do grupo de jovens que têm me ajudado nesse trabalho. Amo a cada um. Léo, Rebeca, Amanda, Rafael, Raquel, Rackel, Fábio, Jefferson, Ingrid, Patrícia, Marcelle, Helinho, Marcelo Bruno, Roberto, Suelaine e Luana. Esses são os meus guerreiros! A reunião foi uma bênção. Compartilhamos muitas coisas que Deus tem nos revelado e, profeticamente, tomamos posse das promessas de Deus para nossas vidas, para nossa igreja e para o nosso bairro. Estamos lendo o livro “Reconquiste sua cidade para Deus” (foto ao lado), John Dawson, um livro que tem abençoado muito a minha vida e que vai abrir nossa mente, como grupo, para a realidade da batalha e do mundo espiritual que está por trás do evangelismo urbano. Vamos colher os frutos, em nome de Jesus!

Ainda no sábado passado, tivemos uma experiência de evangelismo no bairro de Padre Miguel, o “Alternativa Jovem”. Desde quando estávamos planejando esse dia, Deus nos incomodou a fazermos algo diferente de tudo o que já havíamos feito anteriormente. A começar pela simplicidade. Às vezes caímos no erro de querer competir com o mundo no que diz respeito a estrutura e eu, particularmente, não acredito tanto na eficácia disso em um trabalho de evangelismo, ainda mais se realmente não temos condições de competir. Acredito na simplicidade e no poder do evangelho manifestado pelo evangelismo pessoal, no contato. Descemos do palco. Apagamos os holofotes. Em compensação, tivemos um momento de consagração e oração intenso, onde buscamos a presença de Deus, nos arrependemos de nossos pecados e nos preparamos para falarmos do amor do Senhor. Ali começou minha batalha. Depois do momento de busca e adoração ao Senhor, no qual eu e Igor conduzimos, fui tomado de um profundo cansaço que me impediu de participar do restante da reunião. O Espírito Santo me mostrou que aquilo não era simplesmente um problema físico, mas o início das tentativas do inimigo de me fazer parar. Estava com vontade de ir embora para minha casa, mas graças a Deus não fiz isso. Confesso que estava com medo, pois minha intenção inicial era de não ficar no louvor, mas de estar junto com os outros distribuindo folhetos, evangelizando de forma pessoal, e eu nunca havia feito isso antes. Mesmo pedindo a Deus que retirasse meu temor, minhas primeiras tentativas não foram bem sucedidas – pelo menos a meu ver. Estava com uma expectativa de falar do amor de Cristo, de amparar as pessoas, mas tudo o que eu conseguia era dar o folheto e dizer, no máximo um “Deus te abençoe”. Aquilo me frustrou de tal forma que parei, sentei no meio fio e comecei a chorar. Me senti um fraco, um hipócrita. Era como se o inimigo dissesse a mim: “Você é um mentiroso mesmo. Estimula as pessoas a evangelizarem, fala tão bonito no microfone, mas agora não consegue fazer nada. Tantas pessoas aí conseguindo abordar e você, nada.”. Foram tantas acusações, tantas coisas que passaram na minha cabeça, que a minha vontade era ir embora. Deus usou a vida do Leó e do Catito, que foram me animar com palavras vindas do coração de Deus. Não consegui retornar ao evangelismo pessoal, fiquei com o microfone mesmo e ali creio que Deus me usou poderosamente.

Houve um testemunho de um homem que, no início da programação, estava com a camisa da Mocidade. Ele estava atrás de mim e ouviu todas as músicas e ministrações. Antes do final da programação, ele trocou de camisa. Entre uma ministração e outra, fui falar com seus pais (crentes, muito simpáticos) e com ele. Depois que a programação terminou, o Pr. Roberto me disse que aquele homem o abraçou emocionado e disse: “Aquele menino de verde (eu) parecia que estava falando comigo, parecia que conhecia a minha vida toda!”. Glória a Deus! Se o inimigo tentou me fazer acreditar que minha função era vã, ele foi derrotado. Tive a plena convicção de que não estava me escondendo atrás de um microfone, mas que era ali o lugar onde Deus queria me usar. Fábio me disse que minha voz ia muito longe através das caixas de som, ou seja, não tenho idéia do alcance de tudo o que foi ministrado. Só creio, pela fé, que fui usado por Deus, e isso me dá paz. Depois, conversando com meu irmão, pude perceber que o espírito de opressão não foi apenas contra mim, mas contra outros jovens também. O inimigo tentou nos desanimar, mentindo a respeito de nossas funções. Era como se fôssemos um corpo em conflito, um exército enganado, mas pelo poder de Deus fomos usados poderosamente e não cedemos às tentativas de Satanás de nos fazer parar. Hoje eu agradeço a Deus pelas dificuldades, pelas lutas. Elas me dão plena convicção de que esse não é e nunca será um trabalho fácil. Evangelismo não depende de talento ou habilidade. Evangelismo depende de arrependimento, entrega e unção dada por Deus.

Espero, em Deus, conseguir reservar tempo para compartilhar tudo o que tenho vivenciado. Isso edifica muito a minha vida. Também me edifica receber seus comentários e saber que você está orando por mim, pelos projetos que realizaremos, enfim. Não olhe para a minha vida e apenas contemple o que Deus faz. Estou muito no início de tudo o que Deus está pra fazer. Creia que Ele quer fazer infinitamente mais através sua vida. Busque-O e deixe que o Espírito Santo revele o papel profético que você tem nessa geração. Seja despertado pelo Senhor para viver intensamente e radicalmente. Eu oro por isso.

Que Deus te abençoe!